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Sistema RH, Eritroblastose Fetal e Sistema MN
Olá, pessoal! Tudo certo por aí? Vamos mergulhar juntos na aula 6 do nosso curso de genética, que tá na metade do caminho – já dá até um friozinho na barriga, né? Hoje, o papo é sobre o sistema RH, a temida eritroblastose fetal e o sistema MN. Vou te explicar tudo como se estivéssemos batendo um papo, bem tranquilo, mas com aquele capricho pra você fixar o conteúdo e arrasar na prova. Preparado? Então bora!
1. Sistema RH: O que é isso?
Você já ouviu falar do fator RH, né? Ele é uma proteína que pode estar (ou não) na superfície das hemácias, as células vermelhas do sangue. Essa história começou lá em 1940, quando cientistas, como o Karl Landsteiner (o mesmo cara do sistema ABO), descobriram algo interessante. Eles injetaram sangue de um macaco da espécie Rhesus em coelhos (coitadinhos, sempre eles nas cobaias!). O resultado? O coelho produziu anticorpos anti-RH. Aí, quando testaram esse soro em humanos, descobriram que 85% das pessoas tinham uma reação positiva – ou seja, elas tinham essa proteína nas hemácias, sendo RH positivo (RH+). Os outros 15%, sem a proteína, eram RH negativo (RH-).
Como funciona o teste? É simples: pega uma gota de sangue, mistura com o soro anti-RH e observa. Se o sangue aglutinar (formar aqueles gruminhos), é RH+. Se ficar lisinho, homogêneo, é RH-. Fácil, né?
NOTA: Pra memorizar, pensa assim: RH vem de Rhesus, o macaco. E o “+” é porque tem a proteína, enquanto o “-” é porque não tem. Uma dica é imaginar um sinal de positivo (+) como uma anteninha na hemácia, e o negativo (-) como uma hemácia “pelada”, sem nada.
Diferença pro sistema ABO
Agora, presta atenção numa pegadinha que sempre cai em prova: no sistema ABO, os anticorpos (anti-A, anti-B) já existem naturalmente no seu sangue. Por exemplo, se você é tipo A, já tem anticorpos anti-B no plasma. Já no sistema RH, os anticorpos anti-RH não existem de graça. Eles só aparecem se houver um estímulo, como uma transfusão de sangue errada ou uma gravidez com incompatibilidade (calma, já chegamos lá!).
Exemplo prático: Se uma pessoa RH- recebe sangue RH+, o corpo dela pode “estranhar” a proteína RH e começar a produzir anticorpos anti-RH. Isso não é tão grave na primeira transfusão, mas se rolar várias vezes, pode dar problema. Já uma pessoa RH+ nunca vai produzir anticorpos anti-RH, porque ela já tem a proteína e não vai se “atacar” sozinha.
DICA DE MEMORIZAÇÃO: No ABO, os anticorpos são tipo “vizinhos fofoqueiros” que já estão lá, prontos pra brigar. No RH, eles são “vizinhos preguiçosos” que só aparecem se alguém provoca.
Genética do sistema RH
Chegou a hora de falar dos alelos, que é onde a genética entra com tudo. O sistema RH é determinado por um par de alelos, e, pra simplificar (porque na faculdade isso fica mais complicado), a gente usa:
- R (ou D): alelo dominante, que indica RH+.
- r (ou d): alelo recessivo, que indica RH-.
- RR ou Rr: RH positivo (tem a proteína).
- rr: RH negativo (não tem a proteína).
Isso é um caso de dominância completa, ou seja:
Tabela pra não esquecer:
Transfusões de sangue e o sistema RH
Agora, bora falar de transfusões, que é onde o sistema RH pode complicar. Aqui vão as regras de ouro:
- RH+ pode doar pra RH+? Claro! Ambos têm a proteína, então não tem novidade.
- RH+ pode doar pra RH-? Não pode! O RH- não tem a proteína e vai estranhar o RH+, produzindo anticorpos e causando aglutinação.
- RH- pode doar pra RH+? Pode sim! Como o RH- não tem proteína, o RH+ não vai reclamar.
- RH- pode doar pra RH-? Beleza, sem problema.
MNEMÔNICO: “Negativo é chato, não aceita positivo. Positivo é de boa, aceita todo mundo.”
NOTA: Na prática, o sistema RH não é tão crítico quanto o ABO em transfusões, mas é bom tomar cuidado, especialmente se a pessoa vai receber sangue várias vezes. Sempre cheque o tipo certinho!
2. Eritroblastose Fetal: O drama da incompatibilidade
Agora, vamos pro assunto que assusta, mas que, com um bom entendimento, você vai tirar de letra: a eritroblastose fetal, também chamada de doença hemolítica do recém-nascido. Essa condição acontece quando há uma incompatibilidade entre o sangue da mãe e do bebê, e é um clássico em provas de vestibular.
Como acontece ERITROPLASTOSE FETAL?
Imagine o seguinte cenário:
- Mãe RH- (não tem a proteína RH).
- Pai RH+ (tem a proteína RH).
- Primeiro filho RH+ (herdou o alelo R do pai).
Na primeira gravidez, tudo corre bem até o parto. Na hora do nascimento, a placenta se rompe, e um pouco do sangue do bebê (RH+) pode se misturar com o sangue da mãe (RH-). O corpo da mãe, que nunca viu essa proteína RH antes, reconhece ela como “invasora” e começa a produzir anticorpos anti-RH. Isso não afeta o primeiro filho, porque ele já nasceu.
O problema vem na segunda gravidez, se o próximo bebê também for RH+. Agora, a mãe já tem anticorpos anti-RH prontinhos no sangue. Esses anticorpos podem atravessar a placenta, atacar as hemácias do feto e causar uma destruição danada. É aí que surge a eritroblastose fetal.
MNEMÔNICO PRA REQUISITOS: Use as iniciais “M, P, F”:
- Mãe = RH Menos (-).
- Pai = RH Positivo (+).
- Filho (perigo) = RH Positivo (+).
Repete comigo: “Mãe menos, pai positivo, filho positivo é perigo.” Isso gruda na cabeça!
Sintomas da eritroblastose
Quando as hemácias do bebê são destruídas, o quadro não é nada legal. Os principais sintomas são:
- Anemia grave: Falta de hemácias pra carregar oxigênio.
- Hepatomegalia e esplenomegalia: O fígado e o baço crescem porque estão trabalhando dobrado pra destruir as hemácias danificadas.
- Icterícia: A pele do bebê fica amarelada por causa da bilirrubina, um pigmento liberado quando as hemácias são quebradas.
- Eritroblastose: A medula óssea tenta compensar a anemia produzindo células imaturas (eritroblastos), que caem na corrente sanguínea antes da hora.
- Problemas graves: Danos neurológicos, circulatórios e até risco de morte se não tratado.
NOTA: A icterícia é aquele amarelo que você já viu em bebês. É comum em recém-nascidos, mas na eritroblastose é mais séria por causa da destruição maciça de hemácias.
Tratamento e prevenção
A boa notícia? Hoje em dia, a eritroblastose é bem controlada. Aqui vão as estratégias:
- Tratamento:
- Transfusão sanguínea: Pro bebê, pra repor as hemácias destruídas.
- Banho de luz (fototerapia): Ajuda a quebrar a bilirrubina e reduzir a icterícia.
- Prevenção:
- Exames pré-natais: Identificam se a mãe é RH- e se há risco.
- Injeção de imunoglobulina anti-RH (RhoGAM): É dada à mãe RH- logo após o primeiro parto (ou aborto), pra destruir qualquer célula RH+ do bebê antes que o corpo dela produza anticorpos. Isso “limpa” o sistema e protege o próximo filho.
DICA DE MEMORIZAÇÃO: Pensa no RhoGAM como um “apagador” que elimina os antígenos RH+ antes que a mãe fique “brava” e produza anticorpos.
3. Sistema MN: Um primo menos famoso
Por último, vamos falar do sistema MN, que é bem mais tranquilo, mas também aparece em questões. Ele é outro sistema de grupos sanguíneos, descoberto por Landsteiner (esse cara não parava!). Aqui, temos dois antígenos possíveis nas hemácias: M e N, determinados por dois alelos: L^M e L^N.
A grande diferença é que, no sistema MN, não há dominância. É um caso de codominância, ou seja, os dois alelos se expressam ao mesmo tempo. Vamos ver os fenótipos:
- MM: Tem só antígeno M, pode produzir anticorpos anti-N (se estimulado).
- NN: Tem só antígeno N, pode produzir anticorpos anti-M (se estimulado).
- MN: Tem os dois antígenos (M e N), então não produz anticorpos.
NOTA: No MN, os anticorpos também não aparecem naturalmente, só com estímulo (tipo uma transfusão errada). Mas, diferente do RH, o sistema MN não é tão importante pra transfusões – ele é mais usado em testes de paternidade ou questões médico-legais.
DICA DE MEMORIZAÇÃO: Pensa no MN como “M de Mãe, N de Neném”. Se tem os dois (MN), é tipo um “combo” que não briga com ninguém.
Conclusão
E aí, curtiu o rolê pelos sistemas RH e MN? Hoje, você aprendeu que o RH é sobre ter ou não uma proteína nas hemácias, com regras claras pra transfusões e um drama chamado eritroblastose fetal, que pode ser evitado com prevenção. O MN, por outro lado, é mais de boa, com codominância e pouca treta em transfusões. Pra fixar, revisa os mnemonicos e pratica com questões – é resolvendo que a gente aprende de verdade!
Na próxima aula, vamos mergulhar na segunda lei de Mendel, que é onde a genética fica ainda mais divertida. Até lá, dá uma revisada nessa tabela de fenótipos e genótipos, e qualquer dúvida, é só gritar (ou mandar uma mensagem, né?). Forte abraço e bora estudar!
DICA FINAL: Antes da prova, faz um “mapa mental” com os sistemas sanguíneos (ABO, RH, MN). Desenha as hemácias com os antígenos e anota quem doa pra quem. Isso ajuda a visualizar e não confundir na hora H!